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Vereadores cobram novamente ações do Executivo com moradores de rua

Durante a 10ª Sessão Ordinária Romero Rocca (PSDB), Vinícius Roccia (SD) e Wilson Tietz (PPS) reiteraram a necessidade de se colocar em prática medidas em favor das pessoas que se encontram nas ruas de Charqueada

Publicado em: 07 de maio de 2018

A temática que envolve os moradores de rua em Charqueada voltou a ser evidenciada por parlamentares da Câmara Municipal, na 10ª Sessão Ordinária, realizada na quarta-feira (02). Os vereadores Romero Rocca (PSDB), Vinícius Roccia (SD) e o presidente do Legislativo, Wilson Tietz (PPS), ao fazerem uso da tribuna livre na ocasião, cobraram novamente ações do Executivo por meio da assistência social do município.

 

Rocca, que já havia encaminhado requerimentos em torno do assunto à Administração Municipal, comentou sobre a última réplica quanto as suas indagações na propositura e reafirmou que atitudes urgentes se fazem necessárias.  “A resposta do requerimento é legal, mas o que está faltando é ‘na prática’. É muito triste a gente ver essa realidade (dos moradores de rua) se alastrando por Charqueada, tomando uma proporção em nível de cidade maior. Inclusive, para quem conhecia o (morador de rua) Capim, que ficava na praça, na frente das igrejas, ele faleceu na semana passada, estava doente. E é o que a gente vem cobrando: se não toma uma ação efetiva as mortes e as quantidades de moradores de rua vão aumentar”, ressaltou. “E o requerimento (enviado ao Executivo) não é apenas da semana passada, tem requerimento do ano passado também, e nem uma ação efetiva foi tomada”, concluiu.

 

O vereador Vinícius Roccia enfatizou a carência de busca ativas (busca em campo) para tratar a situação e a necessidade de tal como meio de auxílio. “Quantas e quantas foram as vezes que eu disse aqui nesta Casa que nós precisamos de busca ativa”, relatou. “O CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) também foi instalado (na cidade) para isso”, pontuou. “O ‘Serviço Social’ tem que sair das cadeiras e ir para as ruas. Todos? Não! Mas as pessoas que vão fazer os atendimentos”, afirmou. Roccia ainda pediu desculpas em relação a sua total franqueza e demonstração de indignação com a área do Serviço Social (no município). “É porque já faz tempo que eu venho cobrando juntamente de você, Romero, que está nessa luta também. Porque uma família que tem um drogadito, ou um alcoólatra na rua, a família inteira está doente; essa situação corrompe toda a família, que é a base, a sustentação de uma sociedade futura”, pontuou.

 

Wilson Tietz, por sua vez, também expôs o seu ponto de vista sobre a situação. “A gente tem que ver uma solução para isso realmente. O padre Cláudio (César de Carvalho) falava desse problema, os comerciantes da praça, porque é um ser humano que está ali. É complicado porque eu acho que o país tem que avançar na mudança das leis; esse negócio de que a pessoa vai (receber ajuda) se quiser, um cidadão que se encontra doente, morador de rua que está ali sem se alimentar, bebendo, ele não está em plenas condições de decidir nada, isso é notório. Ele não está ali porque ele quer, ele está ali porque algo o levou àquela situação, problemas de família, com drogas, bebidas, de emprego, uma degradação do ser humano. Com essa lei de que você não pode conduzir a pessoa (a um tratamento para auxílio), tem que convidar, é complicado, eu acho que nós temos que mudar, o país tem que avançar”, comentou. “Eu vou acompanhar e ver com a Valkiria Callovi (secretária de Governo) para que a gente execute esse trabalho para pelo menos levar e dar um espaço para a pessoa ser atendida”, ressaltou.

 

 


Publicado por: Alinne Schmidt

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