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8 de março: Câmara homenageia mulheres com entrega de rosas e chocolates

Parte da sessão ordinária desta terça-feira foi reservada em celebração ao Dia Internacional da Mulher, comemorado hoje em todo o mundo

Publicado em: 08 de março de 2023

Respeito. Talvez essa simples palavra, que tem o poder de transformar o mundo, sintetize o anseio do universo feminino ontem, hoje e sempre. Pensando em todas as mulheres que deixaram sua marca no mundo, para que os tempos atuais refletissem ao menos algumas mudanças almejadas, a Câmara Municipal de Charqueada prestou homenagem na noite desta terça-feira (07/03), durante a quarta sessão ordinária, em alusão ao dia 8 de março.

 

Com entrega de rosas e chocolates às mulheres que estiveram presentes na ocasião, para acompanharem os trabalhos legislativos, a presidente da Casa, Maria José (UB), que é inclusive a segunda mulher a ocupar o cargo no Legislativo desde sua fundação, ocorrida no ano de 1955, demonstrou o seu respeito a todas em nome de todos os vereadores. 

 

“Eu amo dar rosas e eu amo receber rosas. A planta pode ser até pequenininha, mas gosto de ganhar para fazê-la crescer”, comentou a vereadora ao mostrar as pétalas de uma rosa guardada há muito tempo, fruto de um presente significativo.  “É uma homenagem simples, mas de coração”, ressaltou.

 

ORIGEM DA DATA – Citado com frequência para explicar sobre a instituição do Dia Internacional da Mulher, o incêndio em uma fábrica têxtil de Nova York, em 1911, que culminou na morte de centenas de operárias, é apenas um dos marcos que remetem à data. Antes mesmo do ocorrido, que revelou as desumanas condições de trabalhos a que eram submetidas, grandes movimentos já eram organizados por mulheres em defesa de ações básicas, como direito a voto e justamente a melhores condições de trabalho. Uma das primeiras grandes iniciativas aconteceu em 1909, também em Nova York, quando cerca de 15 mil mulheres fizeram uma passeata pelas ruas da cidade reivindicando redução de jornadas, salários melhores e, claro, direito a voto. A proposta de tornar a data internacional veio de uma mulher chamada Clara Zetkin, ativista comunista e defensora dos direitos das mulheres. O dia 8 de março, então, foi celebrado pela primeira vez em 1911, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça, mas foi oficializado apenas em 1975, pela ONU (Organização das Nações Unidas).

 

DIAS DE HOJE – Embora a sociedade tenha evoluído em comparação a séculos atrás, o cenário atual ainda aponta desafios a serem superados. Levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que o rendimento médio mensal das mulheres no mercado de trabalho brasileiro é 21% menor do que o dos homens – R$ 3.305 para eles e R$ 2.909 para elas. Os dados, divulgados essa semana, são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no terceiro trimestre de 2022.

 

Mesmo nos setores de atividades em que as mulheres são maioria, em média, elas recebem menos. Nos serviços domésticos, as trabalhadoras ocupam cerca de 91% das vagas, e o salário é 20% mais baixo que o dos homens. Em educação, saúde e serviços sociais, mulheres representam 75% do total e têm rendimentos médios 32% abaixo dos recebidos pelos homens.

 

“A desigualdade de gênero no mercado de trabalho reproduz e reafirma esse desequilíbrio já existente em todas as esferas da sociedade, sob a forma do machismo. A partir dos papéis atribuídos a homens e mulheres, negros e negras, desenham-se as desigualdades e as relações de poder, seja econômico, sexual ou político”, destaca a pesquisa do Dieese.

 


Publicado por: Alinne Schmidt

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