Na tribuna livre, vereador cobra organização para a entrega dos carnês de IPTU e questiona aumento da taxa de lixo
Vinícius Roccia quer mais efetividade no envio da cobrança à população para melhor diluição das parcelas e debate sobre o valor alto do serviço de lixo que está atrelado ao imposto
Publicado em: 18 de maio de 2023
Na 11ª sessão ordinária da Câmara Municipal, que aconteceu nesta terça-feira (16/05), o vereador Vinícius Roccia usou à tribuna livre para cobrar mais organização na entrega dos carnês de IPTU, que chegaram recentemente às casas dos munícipes, e discutir o aumento de quase 60% sobre a taxa de lixo, vinculada ao referido imposto.
“O IPTU nunca chegou no meio do ano para a população pagar, chegava antes. É preciso organização para que tenhamos diluição das parcelas ao longo do tempo, para que o IPTU caiba no bolso da população”, enfatizou.
No entanto, a reclamação geral, segundo o parlamentar, é em relação à alta da taxa do lixo também constatada nos carnês, sem qualquer justificativa.
“Charqueada produz entre oito e nove toneladas de lixo por dia. Não houve aumento da demanda para subir o valor do serviço dessa forma. Também não há mais caminhões circulando e nem aumento de pessoal. Essa é a realidade. Então, temos que compreender como é feito esse custo. Trata-se de um ato decretado pelo prefeito Rodrigo Arruda, o único responsável por taxar no bolso do povo 60% de aumento. Nossa população já passa por um momento difícil financeiro, com alto índice de desemprego e salário defasado”, relatou Vinícius Roccia.
Ainda de acordo com o vereador, essa iniciativa penaliza o trabalhador. “Eu tenho o exemplo de uma casa superpequena em que a taxa de IPTU é R$ 250 e a do lixo R$ 275. Então, nós vamos ter, sim, sérios problemas com essa taxa. O povo não aguenta mais ser taxado. Não houve nenhum diálogo com a população. Todos nós fomos pegos de surpresa”, afirmou.
Vinícius Roccia também ressaltou na tribuna livre que antes de terceirizar o serviço, o município fazia esse trabalho. “Era muito bem feito”, comentou.
Para o parlamentar, o aumento de preço vai gerar inadimplência, menos arrecadação municipal e déficit orçamentário para custeio da saúde, da educação e da segurança pública.
“Se o prefeito municipal quiser abaixar a taxa do lixo, ele pode fazer outro decreto, basta ter vontade política. A decisão é dele e não desta Casa”, concluiu.
Publicado por: Alinne Schmidt
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